Mostrar mensagens com a etiqueta Animação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Animação. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

De Verborum obligatione


ThorMentor














"spondes? spondeo; promittis? promitto, fidepromittis? fidepromitto; fideiubes? fideiubeo; dabis? dabo; facies? faciam"

(...) La obligación por palavras se contrae por una pregunta y una respuesta, cuando estipulamos que se nos dé ó se nos haga alguna cosa. De ella demandan dos acciones, así la condicción, si la estipulación fuere cierta, como la de lo estipulado, si fuere incierta; la qual tenía este nombre, porque entre los antiguos stipulum significaba firme(...)
Tales fueron las palabras empleadas en otro tiempo en esta obligación : 'ofreces espontáneamente? ofrezco espontáneamente; prometes? prometo; prometes por tu fe? prometo por mi fe; sales fiador? salgo fiador; darás? daré; harás? haré.' Mas no importa que la estipulación se haga ó en latin, ó en griego, ó en outra cualquiera lengua, con tal que ambos estipulantes entiendan dicha lengua."
Cuerpo del Derecho Civil Romano, (trad.) D. Ildefonso Garcia del Corral



En Tus Brazos, François-Xavier Goby, Edouard Jouret e Matthieu Landour

terça-feira, 7 de abril de 2009

'Cartas não escritas enviadas' versus 'As prisioneiras das caixas de cartão'


"Queria-te escrever uma carta sem lamechices ou floreados, sem frases feitas a lembrar sentimentos de outros ou de toda a gente, de tantas vezes terem sido escritas, por amor.
Queria-te escrever uma carta diferente de todas as outras que já te escreveram, em que cada palavra fosse única, original. Uma carta em que o único sítio aceitável para ser guardada fosse dentro de ti, e não numa qualquer caixa de cartão, repetidamente relembrada e novamente esquecida, em cima de um armário com pó, num sotão velho ou aos tombos pelo chão.

Não consigo escrever esta carta que tanto te quero escrever.

Escrevo-te pois para te dizer que não te vou escrever, que não te escrevo, que não quero escrever esta carta.

Diluí-me nas palavras de um poema que um dia te fiz. Procura-me aí para matares a saudade. Estarei presente em cada vírgula, por entre gotas de água.

À espera que me bebas, palavra a palavra."
Eyes of China Blue

Nyneme








Nicest Thing, Kate Nash, por musicANDmuffins

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Aniversários inesquecíveis #2

"Ao fundo da quinta há um ribeiro bordado a madressilvas
onde eu chapinho ainda nas manhãs de sol. Há seixos e rãs.
E os meus pés a acariciá-los com a correnteza que eu domino
sem naufragar. Caminho no sentido inverso da água. Eram assim
velhos e brancos os pés da minha avó, com ramificações azuis
e dedos rosados.

Como eu poderia saber que a morte cheira a madressilva?"
Luísa Monteiro, O Sorriso de Percival


Tir nan Og, Fursy Teyssier

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Lugares #2

"Para entrar em estado de árvore é preciso

partir de um torpor animal de lagarto às

três da tarde no mês de agosto.

Em dois anos a inércia e o mato

vão crescer em nossa boca.

Sofreremos alguma decomposição lírica até

o mato sair na voz.


Hoje eu desenho o cheiro das árvores."
Manoel de Barros
"Era um carvalho.

E do carvalho se fez mão
e da mão se fez corpo
e desse corpo se fez outro corpo
e ambos se fizeram silêncio.
Ainda te lembras?
Sabes do que te falo.
Que amo as tuas palavras.
Que amo o teu silêncio.
Que do meu corpo se faz o teu corpo
de cada vez que te penso.

Tchiu...não digas nada,
estou à espera de que voltes
para sermos lugar de novo."
Eyes of China Blue

The Woods, Polly Paulusma por Rima Staines