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| "Yo no soy yo. Soy este que va a mi lado sin yo verlo; que, a veces, voy ya ver, y que a veces, olvido. El que calla, sereno,cuando hablo, el que perdona, dulce, cuando odio, el que pasea por donde no estoy, el que quedara en pie cuando muera." Juan Jámon Jiménez |
 eyes of china blue | "Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio. (...) Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo. (...) Que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão. (...) E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade também." Oswaldo Montenegro |
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| Eyes of China Blue |
"Quanto amor queres? Quanto amor queres de verdade quanto te basta até o coração parar?" Luísa Monteiro, O Sorriso de Percival |
 | "Ao fundo da quinta há um ribeiro bordado a madressilvas onde eu chapinho ainda nas manhãs de sol. Há seixos e rãs. E os meus pés a acariciá-los com a correnteza que eu domino sem naufragar. Caminho no sentido inverso da água. Eram assim velhos e brancos os pés da minha avó, com ramificações azuis e dedos rosados. Como eu poderia saber que a morte cheira a madressilva?" Luísa Monteiro, O Sorriso de Percival |
Ronald Coster  "Há caracóis, dizia o letreiro, escrito à mão e em maiúsculas. E eu acreditei que havia caracóis. Mal eu sabia do que iriam ser feitas as horas e os dias depois de comer caracóis... A tarde correu lenta, e a noite sossegada e amena, em perfeita sintonia com o animal em questão. No dia seguinte, tinha um caracol, teu, enrolado à volta do meu dedo e a minha alma enrolada à volta da tua. Olhei-te nos olhos e não deixei mais de os olhar, e de nos olhar. Cabias-me na palma da mão. Fechei-a. E em silêncio encostei-a ao peito. "Há caracóis", dizia o letreiro... Mal eu sabia do que iriam ser feitas as horas e os dias depois de comer caracóis... Brincadeiras dos deuses, partidas ou ironias ou talvez esmolas, divinas, espalhadas por esta cidade fora (uma cidade em quem já ninguém acredita) na forma de um letreiro escrito à mão. "Há caracóis, sim..., digo para mim enquanto te olho nos olhos. E são teus, paixão." Eyes of China Blue Otters holding hands Untitled Song, Mia Johnson |
