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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Resumos

"no hay nada como la vuelta atrás en el tiempo
los aullidos que no saben cómo explicarse
una extraña sensación de angustia
tener miedo a romper la magia
y que vuelvan los vientos a ser tempestades
ver en aquella mujer lejana alguien que yo podría ser o que fui
cuando vigilaba entre comillas marcas ajenas
o nuevas promesas
la vida a veces es una continua espera sin cobertura
y una calle de luces y antenas
la vida a veces se vuelve pregunta
y la soledad es un misterio tan válido como el
mejor camino
hay tantas maneras de quedarse encerrado en un mismo cuerpo
y tantas vueltas de campana
una televisión encendida sin sonido
algo tan absurdo
tanto
como llegar a comprenderse
como revolver la ropa sucia
como no atreverse a no sentir culpa
que sea medianoche y sienta hambre de la tuya
y un poco de sed y ahogo
el pelo largo y una corona de espinas
qué son derechos
y qué responsabilidades
qué puedo pedir y en qué soy egoísta
o si sólo fui una ilusión óptica en embase de purpurina
si no estoy hecha para dejar de ser protagonista
o es que tengo mi propia nana y al final
sólo
es voz alguna
si tú la musitas
los aullidos
las tempestades
un par de ganas de darme por vencida

algo tan absurdo"


Violeta Castaño em dequecolorsonlasvioletas.blogspot.com


La Vida rima, cuando escribo. con voz; Violeta Castaño

domingo, 1 de junho de 2008

Dia Mundial da Criança






Lara Jade Coton
"O que nós fomos sabe-o só a saudade.

O que nós fomos é um relógio com ponteiros de infância

marcando os pontos cardeais de uma outra Alegria.




O que nós fomos vai buscar-nos à vida

e regressamos do tamanho dos brinquedos

(...) e na casa de nossa pureza já não se lembram de nós

os primeiros dedos.



(...)Onde havia uma janela era eu o dia

e havia mais que recordar tudo isto:



As velas que envelheciam a noite,

a cama sólida como se explicasse o chão (e o futuro)

(...) e os retratos onde os quartos não acabavam nunca...



(...) As árvores, dentro de ouvi-las à noite,

eram largas bandeiras do vento

ao alto de batalhas onde passavam deuses ardendo,

erguendo os braços como grandes canções.



As sombras dos móveis eram maiores que olhar para elas

(...) e os espelhos atiraram-me, nú, para meus braços,

dentro deles caí até aos versos,

e falo de ti como se fosses ninguém.



À esquina do mundo errado

vou pedir-me emprestado a teus olhos, mãe!"
Victor Matos e Sá







I need some sleep, Eels por Moldy MacKinaw

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vertigens



Andreea Anghel


Le Fabuleux Destin d'Amélie, Jean Pierre Jeunet, 2001
"Há uma árvore de gotas

em todos os paraísos.

Com o rosto molhado,

eu posso ficar com o rosto molhado,

com os olhos grandes.

Neste lugar absoluto pelo sopro,

fervem as víboras de ouro aos nós

sobre as pedras enterradas.

Leopardos lambem-me as mãos giratórias.

E eu abro a pedra para ver

a água estremecendo.

A água embebeda-me.

Como nos corredores de uma casa

brilha o ar

brilha como entre os dedos.

- A minha vida é incalculável."
Herberto Helder

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dia Mundial do Trabalhador


Fernando Ribeiro


Polisaspera


Ainda Há Pastores?, Jorge Pelicano
"Falava com devagar, ajeitando

as palavras.

Falava com cuidado,

houvesse lume entre as palavras.


Chegava ao entardecer, os sapatos

cheios de terra vermelha

e do perfume dos matos.


Cumpria rigorosamente os rituais.


Batia primeiro as palmas

(junto ao peito)

depois falava.

Dos bois, das lavras, das coisas

simples do seu dia-a-dia. E todavia

era tal o mistério das tardes

quando assim falava

que doía."
José Eduardo Agualusa